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Varizes

Varizes são veias que ao longo do tempo vão se dilatando por perder sua função de retornar o sangue para o coração. Isso acontece pela perda de força na parede (musculatura) e também por defeitos nas válvulas que deveriam ajudar o sangue a vencer a gravidade. Essas duas coisas geram acúmulo de sangue na região afetada (pernas, pelve, bolsas escrotais, esôfago, etc). O tratamento depende da região corporal acometida. Os principais tipos de varizes são as das pernas.

O que na minha história pode sinalizar varizes?

O acúmulo de sangue nas pernas aparece como inchaço, sensação de peso, cansaço, câimbras noturnas, prurido (coceira nas pernas) e queimação. No entanto existem diversas outras causas de inchaço nas pernas que não sejam varizes como ganho de peso, alterações hormonais, medicações, processos inflamatórios e infeccioso. Portanto é importante consultar médico especialista no assunto para que você seja avaliado.

Além disso o paciente pode começar a notar aparecimento de vasos tortuosos, vasinhos menores, hiperpigmentação (escurecimento, facilidade em manchas) nas pernas. No geral essas regiões coincidem com os sintomas do paciente. A seguir segue como o cirurgião vascular poderá conduzir sua avaliação após conversar com você e tiver coletado sua história.

Realidade Aumentada

A realidade aumentada, consiste na projeção de imagem computadorizada de veias que ficam até 0,9mm de distância da pele. Um ferramenta fundamental no diagnóstico de varizes, pois é capaz de analisar até onde uma veia doente percorre mesmo que ela não seja vista a olho nu. No geral varizes vistas com este aparelho são factíveis de serem tratadas a laser no consultório mesmo.

USG Doppler para Varizes

O exame de doppler para varizes é um pouco diferente do exame normal venoso de membros inferiores e ele deve sempre ser realizado pelo cirurgião vascular, de preferência pelo médico ou equipe quem cuidará de suas pernas.

Esse aparelho se torna necessário para avaliar como as veias estão funcionando, se elas tem refluxo. Refluxo é quando o sangue tenta retornar ao coração , mas por conta de defeitos em valva ou parede, ele acaba retornando para onde veio dilatando as veias sobrecarregadas. Com doppler venoso é possível detectar esse refluxo e avaliar a melhor maneira de tratar essa veia.

Com ele, também é possível avaliar se existe trombose, o tamanho da veia, variação na anatomia. Tudo isso muito importante para tomada de decisão na escolha de melhor tratamento.

Como é feito o tratamento de varizes?

O que tem de mais moderno é o tratamento a laser tanto transdérmico para vasos superficiais,  quanto endovascular para varizes profundas (safenas e perfurantes). Ambos podem ser feitos tanto em clínicas como em hospitais.

A rede venosa nas pernas varia muito de pessoa para pessoa, por isso o tratamento deve ser feito de maneira individualizada. O número de sessões, tempo de acompanhamento e tipo mais indicado de tratamento pode variar muito por isso. Além disso, também é levado em consideração ao indicar um tipo de tratamento, o estado de saúde geral do paciente.

CLACS – Criolaser associado a crioescleroterapia

Técnica criada pelo Prof. Dr. Kasuo Miyake, CLACS é uma associação de tratamento com laser e aplicação de glicose para otimizar o tratamento a laser obtendo resultados melhores para veias de até 1,5mm.

Ela não requer repouso, procedimento sem cortes, com ótimo resultado estético e sintomas como queimação, prurido, inchaço.

O disparo de laser é capturado em grande parte pelas células sanguíneas gerando um aquecimento da veia alvo, e após e feito aplicação de glicose para criar uma reação química interna otimizando o desaparecimento dessa veia doente.

Dessa forma o sangue passa a circular por veias sadias.

Endolaser venoso para varizes de grosso calibre

Para veias maiores, incluindo as veias safenas magna e parvas, bem como veias perfurantes, é necessário que o tratamento seja de dentro para fora da veia e não através da pele.

Para tanto, realizamos punção da veia doente para colocar um dispositivo pelo qual passe uma fibra de laser. A veia precisa ser isolada com soro gelado para proteger outras estruturas do laser, como pele, músculo e nervos. E então se dá o início dos disparos de laser ao longo de todo trajeto doente.

Essa veia pode então desaparecer se for absorvida pelo organismo, se transformar em cordão fino fibroso, ou recuperar sua função. Existem vasos de grosso calibre que são removidos parcialmente com micro-cortes pela proximidade com a pele e melhores resultados estéticos.

Mesmo assim, o repouso é mínimo, resultados duradouros com retorno às atividade habituais rápido.

É possível viajar caso more a distância dentro de 3-5 dias dependendo do seu histórico de saúde e se foi 100% a laser ou não.

Como é feito o acompanhamento?

Varizes consta como diagnostico no Código Internacional de Doenças (CID-10). Isso quer dizer duas coisas: que certos tipos de tratamento são cobertos pelo seu plano de saúde e que também representa uma doença que requer seguimento.

No caso de varizes após tratamento de casos simples é necessários seguimento de cerca 3-6 meses. Em casos complexos seguimento no geral mensal 6 meses após procedimentos, evoluindo para check-up vascular anualmente para manutenção.

Para pacientes a distância, ou que tem rotina mais apertada. Esse seguimento poderá ser realizado via telemedicina. O Presencial fica a critério do paciente, ou em casos de necessidade de tratar alguma complicação como manchas, cicatrizes, vasinhos residuais.

As manchas na literatura estarão presentes em até 10% das pacientes. Portanto é oferecido suporte de tratamento com ácidos e laser para amenizar e acelerar o processo de cura das mesmas. Medidas como fisioterapia com tapping, melhorias na técnica cirúrgica, utilização de laser reduzem significativamento o aparecimento das mesmas.

A expectativa de melhorias no cansaço, inchaço, sensação de peso podem ser dentro de duas semanas, mas podem demorar até 2-3 meses a depender do caso.

A parte estética, 3-6 meses, dependendo da técnica escolhida, cuidados pós operatórios, tipo de pele e doenças de base da paciente.

Quanto mais disponível para consultas periódicas de pós operatórios, mais rápido será sua recuperação.